Estamos em tempos de 4ª. Revolução Industrial e as mudanças têm acontecido de forma cada vez mais rápida, mas quando 2020 chegou ao final e, acompanhando de perto nossos clientes ao longo deste período, concluímos que, mais do que nunca, houve um grande senso de urgência por mudanças e adaptações ao cenário que se apresentou, onde empresas aceleraram seu processo de digitalização.
A Automação é uma Jornada e como qualquer processo de mudança, segue seus estágios. No entanto, nenhuma mudança é possível de ser concretizada sem o engajamento e a preparação das equipes de trabalho para o novo contexto que a empresa pretende estar inseridas e isso envolve upskilling (atualização/ aprimoramento) e reeskilling (requalificação/ reciclagem) de seus profissionais.
Antes de compartilhar algumas informações importantes que foram mencionadas no encontro do Fórum Econômico Mundial, vamos contextualizar o que significa upskilling (atualização/ aprimoramento) e reeskilling (requalificação/ reciclagem), palavras que estarão cada vez mais em evidência dentro das empresas que querem manter-se competitivas no mercado.
A diferença entre estes dois conceitos está no objetivo da formação onde:
Upskilling (atualização/ aprimoramento) visa ensinar novas competências ao colaborador com objetivo de que ele realize suas atividades atuais de forma otimizada, podendo ser através de novos recursos que o ajudam a ser mais produtivo ou ainda, aprendendo um novo software tornando-o proficiente. Neste caso, é necessário que o profissional tenha domínio da atividade e aprimore sua tarefa com a utilização de ferramentas mais modernas.
Reeskilling (requalificação/ reciclagem) visa capacitar profissionais para que ele conquiste habilidades e competências, tornando-o apto a desenvolver novas atividades, assumindo outras funções na empresa, participando de um novo contexto profissional. De modo geral, o upskilling contribui para que os profissionais sejam mais especializados e o reeskilling desenvolve a possibilidade deste colaborador ser mais versátil em seu roll de atividades.
Na edição de 2018 da pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Trabalho, dados indicavam que até 2022, 75 milhões de empregos em 20 grandes economias serão substituídos por tecnologias emergentes.
Isso não significa que as pessoas estão sendo retiradas do mercado de trabalho pois o mesmo relatório também prevê que 133 milhões de novas funções devem ser criadas por estes mesmos avanços tecnológicos.
Apesar de ser um número bastante otimista, o mesmo relatório também traz as seguintes observações:
“As lacunas de competência são a principal barreira de adoção de novas tecnologias que aumentariam a produtividade”.
“Em todo o mundo, as indústrias estão enfrentando lacunas de qualificação. Estima-se que a França exigirá 80.000 trabalhadores de TI a mais do que estará disponível em 2020, enquanto os EUA terão que gerenciar com 250.000 cientistas de dados a menos do que necessita. No Reino Unido, 23% das pessoas não possuem habilidades digitais básicas apesar de serem necessárias para 90% dos novos empregos.”
Além disso:
50% dos empregados irão necessitar de reeskilling até 2025 e
40% das atividades atuais terão mudanças em seu roll de competências ao longo dos próximos 5 anos.
Na edição de 2021, que traz as pesquisas realizadas ao longo de 2020 cobrindo 15 setores e 26 economias, o relatório apresentou os seguintes números:
– Funções redundantes diminuirão, passando de 15,4% para 9%
– Profissões emergentes crescerão de 7,8% para 13,5%
– Até 2025, 85 milhões de empregos podem ser deslocados em virtude de mudanças nas empresas e
– 97 milhões de novas funções, mais adaptadas ao novo cenário de trabalho que se configura, podem surgir.
Estes indicadores são o reflexo das mudanças no ambiente de trabalho e geram uma provocação polar em empresas e profissionais sinalizando, de um lado, a emergente falta de profissionais capacitados para ocupar posições nas empresas e, de outro lado, uma grande oportunidade para que os profissionais busquem as qualificações técnicas e comportamentais convergentes com as necessidades de mercado garantindo sua empregabilidade.
Abaixo, listamos pontos que reflexão que podem ajudar as Empresas na promoção de uma Cultura de Aprendizagem e colaboração:
⦁ A empresa possui um programa de aprendizagem alinhado com a estratégia?
⦁ Que tipo de talento/ competências são necessários para cumprir com os objetivos da empresa?
⦁ É possível criar um programa interno de upskilling (atualização/ aprimoramento) ou ainda, reeskilling (requalificação/ reciclagem) que atenda às necessidades emergentes?
⦁ A equipe atual tem competência para adquirir novas habilidades?
⦁ É possível reduzir os custos com recrutamento e investir no engajamento da equipe melhorando a retenção e redirecionando suas atividades atuais?
Esta mentalidade direcionada para uma Cultura de Aprendizagem será possível se os líderes patrocinarem as iniciativas da criação de um ambiente que promova a aprendizagem e o compartilhamento do conhecimento. Há um longo caminho a ser percorrido, mas somente as empresas que mobilizarem esforços para capitalizar o conhecimento organizacional estarão mais preparadas para absorver e beneficiar-se das novas tecnologias.
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